sexta-feira, 1 de abril de 2011

Revisão em alta

Almocei cordon bleu, uma espécie de douradinho de sandes mista em que o pão é um bife de vaca. Talvez essa amálgama de conceitos tenha sido responsável pelo que se passou a seguir. Que foi isto

o que não seria nada de especial se, depois de já me ter levantado, não me tivesse dado uma vontade urgente de acrescentar isto

pensei “pronto, acontece, houve um erro de cálculo” e levantei-me outra vez. Já tinha a mão entrapada em papel higiénico quando, de súbito, as entranhas quebraram-me as pernas e resolveram produzir ainda mais isto

Confesso que não estava a contar com isso. O leitor ainda não me conhece, por isso permita-me que revele algo de mim. Não me chamo Prof. Cocó apenas por ter um doutoramento em Ciências do Cocó, entre outras honras que me tornam num dos maiores académicos de fezes do mundo. Não, eu tenho um instinto para o cocó, algo que não se aprende na Universidade, nem com os mais eméritos catedráticos. Quando me sento na retrete, sei sempre – sempre! – a quantidade, o peso, o tamanho, a consistência, a dureza e a cor do meu cocó. Imagine, então, o meu assombro, ao ser duplamente surpreendido. Por duas vezes, tive de rever em alta as minhas previsões. Vou ter de adoptar uma nova metodologia, própria para a ingestão de cordons bleus.

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